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Artigo Revista Lisboa CARRIS

Chico Buarque de Holanda Veio à Carris ouvir A Banda Tocar

«Andava à toa na vida,
O meu amor me chamou…

É assIm que começa a já ultrafamosa «BANDA» DE Chico Buarque de Holanda. Música popular, simples, versos populares, simples. Mas não é mistério. Chico Buarque de Holanda é rapaz popular, simples. Tem na música, na voz, nos versos, no sentir, a alma do povo e a sua singeleza.

O Chico Buarque esteve na Carris. Havia segredo à volta da sua visita, segredo de jornalistas, que tem de ser bem guardado por causa dos outros jornalistas. «Caixa». Sim, era uma «caixa» do «Século Ilustrado», do seu director Francisco Mata, que queria uma reportagem inteirinha só para o seu jornal. E com Banda.

Qual a banda escolhida? A da Carris. Porquê a da Carris? Porque Francisco Mata se lembrou que a Carris era capaz, num instante, de mobilizar a sua Banda para o Chico Buarque de Holanda ter uma Banda à chegada.

As boas vontades concentraram-se e à hora marcada, um pouquinho de tempo após a aterragem do avião do Rio, a Banda compareceu no átreo da Estação de Santo Amaro, com estandarte e o maestro à frente.

E tocou. Não tocou a «Banda» porque o tempo não chegou para ensaios da famosa marcha. Ouviram os vizinhos, ouviram alguns empregados da Companhia.

E, de repente, entra na Carris um reluzente «Mercedes».

Chegava o Chico.

Era um ídolo? Tinha milhões de «fans»? O seu nome era conhecido de indivíduos de todas as latitudes? Não parecia. Mais se assemelhava a um «garoto» fugido da escola para… ver a Banda tocar.

E todos quantos receberam e com ele falaram, compreenderam por que os seus versos têm singeleza. São ele mesmo, na expressão do azul olhar, no tom modesto da sua voz. Chico Buarque de Holanda, que compôs  a «Banda» e »Pedro Pedreiro», moço de alma aberta, de alma de poeta.

Tirou retratos. À frente da Banda da Carris, de braço dado com uma colega nossa, espreitando a «música» do contrabaixo, apertando a mão ao maestro (que há-de dirigir qualquer dia uma das suas famosas composições), ouvindo o encanto do som metálico dos instrumentos que tornam as bandas numa sugestão.

O Chico chegou, o Chico partiu. Trouxe a espontaneidade, a simpatia. Deixou saudades, na Carris, onde veio…

P´ra ver a Banda passar tocando coisas de amor.»

Artigo Publicado em Lisboa-Carris, Nº95 Verão 1967
Diretor Francisco d’Avillez

Redatores Principais
Silva Bastos
César de Oliveira
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Orientação gráfica
Homero Serpa

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